Rolou no fim de semana do feriadão da República a edição 2007 do Festival Demo Sul. É um festival de música que acontece todo ano (desde 2001) na terceira maior cidade da região Sul do país: Londrina, localizada no norte do PR.
Ano passado passaram pelo palco do festival 25 bandas, entre elas uma da
Argentina e as conhecidas (ou não) Forgotten Boys, Rogério Skylab, Macaco Bong, Superguidis, Bidê ou Balde ...
_A Demo Sul 2007
Diz a Rolling Stone Brasil que a Demo Sul é o maior evento de rock independente do interior do país (realizado fora de uma capital). Além disso esse ano fritariam no palco da chácara Lima (entre os dias 16, 17 e 18) as bandas Ludov, Edgar Scandurra A.k.a Benzina (o projeto solo do guitarrista do Ira!, que aliás por hora desfez-se, pois o Nasi saiu da banda, com isso a banda paulista atende agora pelo nome de "Trio"), além de Matanza, Vanguart, Los Porongas (lá do Acre!) e outras. No total foram 26 bandas. De passagem pela metrópole Jataizinho (tipo 30 Km de Londrina) fui dar um rolé nos shows ...
_Sexta - feira: primeiro dia: Rock eletrônico?
E lá fomos nós chegar antes de todo mundo na tal chácara Lima (12 Km do centro da cidade). "Lima" deve ser por causa da "estrada do limoeiro" - trecho que nos leva até o local. Sete e pouco da noite, o carro já estacionado. Os 100 primeiros não pagariam os 5 contos do estacionamento de terra. Gracias. Mas não precisava chegar tão cedo. Nem os seguranças estavam a postos. Nem som não rolava dentro da chácara. Exageramos. Confundimos o horário, o festival começava as 19:45h.
Aí, o jeito foi "esquentar" no interior do carro ouvindo som de fita. Éééé, de fita K-7. Vodka de 5 conto + Coca pra acompanhar.
Enfim entramos, meio bêbados. Nas redondezas da chácara (nem era tão grande), o lugar ficou bacana: banheiro ecológico, tenda branca na frente do palco; do lado oposto um dj tocando rock, piscina (que ninguém ousou pular), graminhas, luzes vermelhas mirando nas árvores, cerva barata (Sol) a dois contos, um clima firmeza. E sem aquele lance de festival grande, de mainstream. É tipo festa em chácara, bem do interior. Muito bacana.
_As bandas
Começou praticamente no horário. Os paranaenses do The Wind abriram o evento. Um trio que tem algumas músicas, rocks legais. Só.
Na sequência, The New Ones descarregaram todo o seu hard core (?), em músicas rápidas e em alguns momentos "pegados".
Aí, o jeito foi "esquentar" no interior do carro ouvindo som de fita. Éééé, de fita K-7. Vodka de 5 conto + Coca pra acompanhar.
Enfim entramos, meio bêbados. Nas redondezas da chácara (nem era tão grande), o lugar ficou bacana: banheiro ecológico, tenda branca na frente do palco; do lado oposto um dj tocando rock, piscina (que ninguém ousou pular), graminhas, luzes vermelhas mirando nas árvores, cerva barata (Sol) a dois contos, um clima firmeza. E sem aquele lance de festival grande, de mainstream. É tipo festa em chácara, bem do interior. Muito bacana.
_As bandas
Começou praticamente no horário. Os paranaenses do The Wind abriram o evento. Um trio que tem algumas músicas, rocks legais. Só.
Na sequência, The New Ones descarregaram todo o seu hard core (?), em músicas rápidas e em alguns momentos "pegados".
Espíritos Zombeteiros deram um grau. Fizeram um showzasso, variando composições e bons riffs, instrumental trabalhado e com muito peso - característica da banda. Os caras já são de uma cena antiga de Londrina. Agradou bastante.
Depois, o tom mudou. Camisas xadrez, chapéu de palha e calças jeans deram o tom caipira do Charme Chulo (foto). É naquele naipe de "rock rural", com canções "astral". Destaque pro violinista Leando Delmonico (de rosa), que tocou guitarra, violão, viola e outros intrumentos que não faço idéia. Entusiasmou a galera.
Bom, até aí só "pé vermelho". Então colocou os mano de Brasília, o Super Galo. Formado pelo ex-vocal da extinta Rumbora (das boas "Chapirous" , "ó do borogodó") e pelo ex-batera do Raimundos, o Fred. Eu já os havia visto no Porão do Rock deste ano e a impressão foi a mesma: ridículo. Mas o refrão de uma das músicas do Super Galo era o melhor: "Bombando, bombando em Bagdá!". Rachei.
Na sequência, os Droogies apareceram direto do filme de S. Kubrick. Os caras estão entre o tosco e o bom e se apresentam devidamente "figurinizados". Sorte das meninas que ganham chapéus igual aquele do personagem de Laranja Mecânica, o Alex. A maioria deles canta (bem). Mas, achei a banda bem mediana. Minha amiga comentou que falta "estrada". Concordei.
Depois disso esquentou de vez, ainda bem, porque o frio bateu. Nessas havia perdido a conta das latas ingeridas. Começava a ficar com frio. Realmente, lembrando do semblante das pessoas ao chegar da madrugada, ventou pra caralho.
Na sequência, os Droogies apareceram direto do filme de S. Kubrick. Os caras estão entre o tosco e o bom e se apresentam devidamente "figurinizados". Sorte das meninas que ganham chapéus igual aquele do personagem de Laranja Mecânica, o Alex. A maioria deles canta (bem). Mas, achei a banda bem mediana. Minha amiga comentou que falta "estrada". Concordei.
Depois disso esquentou de vez, ainda bem, porque o frio bateu. Nessas havia perdido a conta das latas ingeridas. Começava a ficar com frio. Realmente, lembrando do semblante das pessoas ao chegar da madrugada, ventou pra caralho.
Trilobit era a bola da vez. Fizeram um puuuta show, para minha surpresa. Pois melhoraram demais de quando os vi pela primeira vez, abrindo para o Autoramas. A banda soa original, com sampleres por vezes engraçados, por vezes criativos antes do início das músicas. O som é pesado, bem construído, empolgante e com pitadas de sons magnéticos e eletrônicos, o que dá um caráter "moderno" ao quinteto. Tudo isso com macacões verdes e um macaco doutro mundo sobre o palco. Fodido.
Demorou, mas logo apareceu a sensação indie (?), direto de Cuiabá para Londrina: o Vanguart. A banda é assim: pegue um vocalista talentoso, que saiba fazer boas letras, junte caras que gostam de tocar e aproveitam pra fazer algumas canções meio "fora do padrão". Alie uma pegada folk e pronto, tem-se aí outro destaque da Demo Sul 07. Eu nunca tinha ouvido nada além de "Semáforo", o hit da banda. E talvez por isso tenha achado a apresentação notável, sobretudo pelo talento de Hélio Flanders, seu violão e seu casaco. Showzasso, daqueles que não se tira o olho do palco.
O melhor show do festival
Passadas das 2 e meia da matina veio aquele que seria o melhor show da Demo Sul 07 (ouso dizer, ainda que não tenha visto as apresentações de domingo): Edgard Scandurra e o projeto Dj Benzina - no qual o guitar hero brasuca é acompanhado por Michelle Abu na batera (incomum) e percussão, além de Sandra Coutinho (a mina - estilosíssima - tem outra banda com o Edgard: Mercenárias!), no baixo.
O cara botou os rockeiros todos pra dançar. Esbanjou categoria. Não é à toa que muita gente o considera como o melhor guitar do Brasil. Um duelo entre ele e o Lúcio Maia (da Nação Zumbi) seria interessante.
O cara botou os rockeiros todos pra dançar. Esbanjou categoria. Não é à toa que muita gente o considera como o melhor guitar do Brasil. Um duelo entre ele e o Lúcio Maia (da Nação Zumbi) seria interessante.
Ele destilou efeitos sonoros no seu aparelho high tech de DJ, na guitarra e num microfone especial, que cria uma voz robótica muito loca. Do chão não passaríamos. Nem precisava. Mas o fato é que Scandurra tocou um tempão (em termos de festival com 7 bandas), com solos e combinações empolgantes, explosões e discotecagens, num mix que colocou a poeira vermelha da chácara pra cima, fácil.
Depois explicou a façanha: "Elvis, eu estava lá; Dj Mau mau, eu estava lá, movimento punk de SP, eu estava lá..." (no clipe, o som é melhor que a imagem) e citou outras influências, por meio da metáfora, que é também uma faixa do último disco do trio beleza: Amor Incondicional. Parecia coisa de new rave, só faltaram os bastões coloridos!
No fim, com a platéria eufórica, Scandurra traduziu o nosso pensamento: "onde é que essa festa continua?". Na mosca. Depois daquela apresentação, pra casa não dava pra ir. Tinha o sábado pela frente e uma enorme ressaca também. Mas, essa, já é outra estória...
----Depois explicou a façanha: "Elvis, eu estava lá; Dj Mau mau, eu estava lá, movimento punk de SP, eu estava lá..." (no clipe, o som é melhor que a imagem) e citou outras influências, por meio da metáfora, que é também uma faixa do último disco do trio beleza: Amor Incondicional. Parecia coisa de new rave, só faltaram os bastões coloridos!
No fim, com a platéria eufórica, Scandurra traduziu o nosso pensamento: "onde é que essa festa continua?". Na mosca. Depois daquela apresentação, pra casa não dava pra ir. Tinha o sábado pela frente e uma enorme ressaca também. Mas, essa, já é outra estória...
PS. Impossível achar fotos do projeto Benzina na internet. Nem da Demo Sul, isso porque tinham várias pessoas brincando de tirar fotos por lá.
Um comentário:
CARACAAAAA
e vc acha que eu não tava lá, não?!
foi maravilhosoooo!
e vem cá.. me diga: você estava aqui na pequena Londres?!
por que não avisou, para tomarmos uma geladíssima?!
;D
beijão!
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