08/03/2009

Os homens também deveríamos ter um dia para..., mas não

Acho mesmo que o homem poderia ter um dia para ele também. Afinal, partiram deles grandes idéias (dê licensa esse é o meu blogue e quero acentuar), filosofias, teorias, descobertas vastas que mudaram a maneira de pensar o mundo, nos transportando do primitivo e inventando maneiras de melhor viver ou de viver melhor.

Foi com a força vigorosa deles que os continentes foram encontrados e, com o mesmo vigor, destroçados, destruídos e dilacerados pelos civilizados que vieram do mar com a missão de não apenas achar novos horizontes, mas sobretudo levar o cristianismo aos quatro cantos do mundo.

Foi o homem também que foi capaz de manusear e se arriscar no fogo, no ferro, nas pedras que pesam toneladas e construir moradas em tempos nada high techs. Elas jamais conseguiriam.

Mas não, nós não merecemos um dia.


Foi Deus, ou Cristo vai saber-se quem inventou que a sombra de um homem sempre há uma grande mulher (não creiam nesta baboseira, é minimista demais), que a mulher deveria servir seu homem, cuidar da proa, enfim, um papel secundário arraigado em costumes e tradições que datam principalmente da antiguidade clássica e tiveram seu auge no Brasil na sociedade aristocrática.

Mas estes costumes são completamente ultrapassados, ainda não definharam por inteiro: é uma característica que continua muito evidente atualmente, diga-se. Embora as mulheres tenham conseguido - com a vitalidade dos anos 60 e o feminismo que revitalizou a data - ganhar lutas, históricas (como o direito ao voto) alcançar liberdades e fazer cair vários preconceitos e desigualdades entre os sexos, ainda resta uma maior participação política. Uma estratégia, a qual concordo bastante, é votar nelas mesmas, pois a representação no congresso nacional, por exemplo, é de apenas 24%, quando temos um total de pouco mais de 49% de mulheres no país. Esse talvez seja o maior desafio hoje.

Por isso (e isso não é um ponto final, apenas uma idéia), é válido prosseguir de onde elas nos entregaram o bastão, construir novas idéias baseadas em novas necessidades, novo olhar de mundo, pois já faz muito tempo que fatos importantes, realmente passivos de mudanças sociais ocorreram. Veja, foi lá em meados do século XIX que elas, sozinhas, colocaram todo o argumento preconceituoso de que "elas jamais conseguiriam", por água abaixo. Tomaram uma fábrica, ganharam as ruas gritando, protestando pelas péssimas condições, de trabalho, por melhores salários etc (Alguém hoje ainda faz isso? E como essas pessoas são tratadas?). Mas foram duramente reprimidas, com um total de 129 mulheres mortas. Sua luta contudo, extremamente importante para o que veio a seguir.

Leiam sobre! O melhor que encontrei foi "8 de março - uma data de muitas histórias". Não tem assinatura, mas é do portal do Senado. Vale bastante.


Mulheres, parabéns!

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Eu de fato admiro e idolatro as mulheres e quero desejar aqui os sinceros parabéns pela data, ressaltando o seu significado, para não cair num marasmo, num dia de realizações apenas de lazer e cultura, é preciso falar.

E parabenizo também três mulheres especiais, a Sílvia e a Fer (foto), que escreveram um livro, comigo, nosso projeto de conclusão do curso de jornalismo, que agora estão com um blogue novo.
E também a uma guria linda que está lá na Argentina!

5 comentários:

Ester disse...

Olá,

seu blog foi confirmado para a blogagem coletiva!

abs,

Unknown disse...

E mesmo com tantos avanços, as mulheres continuam recebendo salários mais baixos que os homens.
Hoje mesmo estava lendo que segundo uma pesquisa da PNUD, no Brasil, o rendimento feminino é em média 56% do rendimento masculino. O que significa que se os homens recebem R$1.000 as mulheres ganham apenas R$560.

É, ainda temos muito o que lutar...

Gracias pelo parabéns, querido.
Besos.

Anônimo disse...

Agradeço a parte q me toca, e sem palavras só posso dizer q fico muito, muito lisonjeada de pertencer a tão seleta lista...hehehe
Amo essas surpresas!
bjo bjo bjo

Fernanda Miguel disse...

Juro que eu tinha deixado um comentário aqui!
:O
mas enfim...agradecer novamente não é sacrificio.
sensível e delicada homenagem...
obrigada amore
bjo enorme na bochecha esquerda ;)

Fernanda Miguel disse...
Este comentário foi removido pelo autor.