28/02/2008

A semana

Esse mês foi o último que mandei entrevistas para o Livrevista, como fiz durante todo o 07. Lá no blogue do Livrevista, me despedi. No meu lugar assume desde já a Karen Ferraz, uma tremenda marginal.

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E lá no Binóculo estive na capa esta semana, com o primeiro texto que vai tratar do tema E-lixo, como disse no post anterior. Foi publicado na segunda, 25-02:

E-lixo parte I: E-ditorial

Foi através de uma reportagem de três páginas da edição natalina da revista Piauí que dei de cara com o tema. Como não tínhamos pensado nisso antes? Como não imaginamos o que poderia acontecer com tanta quinquilharia digital e o pior: onde enfiaríamos todo este batalhão? Click!

E-lixo é lixo do capitalismo. Apenas um dos tipos de lixo do único modo de (sobre) vivência humano que irá selar o fim da sua espécie na Terra. Mais um tipo de resíduo, cujo destino não fomos inteligentes o suficiente para criar uma grande idéia de onde despejá-los, como as fraldas descartáveis, por exemplo. Alguém aí sabe em que quintal vai parar as fraldas descartáveis?

Usar “toalhinhas” brancas para conter o cocô dos bebês (como me sugeriu a Carina) soa hoje como uma piada, fora de cogitação. Entretanto, embora inviável, o mecanismo do tempo das bisavós é o mais ecologicamente correto possível, pois não suja o meio ambiente e não deixa de ser higiênico se desinfetado com produtos que contenham cloro. Mas claro, concordo com você: eu é que não vou ficar lavando fraldas e mais fraldas, eu quero conforto, agilidade, rapidez, sou um ser humano apressado. Se bem que eu posso pagar alguém para limpar a merda que o meu filho produz. Afinal, o mundo está lotado de gente que limpa a merda dos outros. O dinheiro pode tudo. Porque a vida é agora. Mas desencana. Faz como a sucata digital: deixa pra lá, depois, quando apertar a gente inventa como lidar.

Ou então arranja um jeito super prático (porque nós adoramos ser práticos): coloca tudo dentro de enormes contêineres de navios e despacha para os países pobres ou em desenvolvimento (afinal, eles precisam de uma forcinha para conquistarem o patamar “superior”) e o melhor: estão dispostos a comprar (e pagar bem) por aquilo que a gente rejeita e descarta.

A partir de hoje, toda semana, nesta famigerada coluna do Binóculo, enviarei textos que tratarão do assunto e-lixo (a vasta sucata digital, eletrônica, produzida por nós e que não temos a mínima de como nos livrar sabiamente), pois precisamos nos instruir sobre o que fazer com esse mouse, esse monitor e todo o resto que está a sua frente agora. Esse é apenas o começo (do fim).

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E já se foi o carnaval e fevereiro também. As aulas voltaram, as festas e os amigos. Começou o ano pra valer, e é o último. A ampulheta virou e nem vimos a areia cair, não é Tetê?

2 comentários:

Mateus do Amaral disse...

Paz e bem!

É bom estar ao seu lado, véio. Vamos lá!

Samantha Abreu disse...

Cheio de coisas pra contar!

e o texto é ótimo!

Um beijo!