03/03/2008

"Até que a morte os separe"

Postou-se ao sofá novinho de couro confeccionado pelo pessoal ali da fábrica de Caieiras Sentado colocou um dos tornozelos sobre a outra perna Encostou o cotovelo no braço do sofá e apoiou a cabeça com a mão Coçou a cabeça Pensou


A morte não separa nada Conversa fiada Quem separa é outro, o amor.


Quando ele desaparece,

nos caminhos adormecidos,

vai e divide e separa e segrega e rompe e fatia

o que a vida construiu

a morte não aprendeu a dividir.


Desculpe-me seu Padre, mas o senhor foi enganado.

6 comentários:

Mateus do Amaral disse...

Mas e quando ele não desaparece nunca?

De toda forma, acho que você apresentou uma dimensão muito bonita da vida, muito intensa.

Um abraço!

Bruno Espinoza disse...

inté um dia,meu bom Gabriel!

Samantha Abreu disse...

Ah!
maravilhoso!

o amor pela morte.. no final, a gente sempre morre, de um jeito ou de outro.
:D

Um beijo!

Camilla disse...

Lindo! Muito bom saber que somos todos enganados. O tempo todo!!!
Aqui é bom, muito bom. Virei sempre.
Camilla Tebet
www.essepapo.nafoto.net

Daniel Nérso disse...

acho q o comentário da samantha foi perfeito!
no final a gente sempre "morre", mas dá pra se divertir dentro do roteiro!

Lu Paiva disse...

Qdo eu crescer quero ser como vc. Juro que isso não foi piada.


Tu é fooooda, jornalista!


BJ
LuPaiva
naosoulouca.zip.net