
Rolou no fim de semana do feriadão da República a edição 2007 do Festival Demo Sul. É um festival de música que acontece todo ano (desde 2001) na terceira maior cidade da região Sul do país: Londrina, localizada no norte do PR.
Ano passado passaram pelo palco do festival 25 bandas, entre elas uma da
Argentina e as conhecidas (ou não) Forgotten Boys, Rogério Skylab, Macaco Bong, Superguidis, Bidê ou Balde ...
_A Demo Sul 2007
_Sexta - feira: primeiro dia: Rock eletrônico?
Aí, o jeito foi "esquentar" no interior do carro ouvindo som de fita. Éééé, de fita K-7. Vodka de 5 conto + Coca pra acompanhar.
Enfim entramos, meio bêbados. Nas redondezas da chácara (nem era tão grande), o lugar ficou bacana: banheiro ecológico, tenda branca na frente do palco; do lado oposto um dj tocando rock, piscina (que ninguém ousou pular), graminhas, luzes vermelhas mirando nas árvores, cerva barata (Sol) a dois contos, um clima firmeza. E sem aquele lance de festival grande, de mainstream. É tipo festa em chácara, bem do interior. Muito bacana.
_As bandas
Começou praticamente no horário. Os paranaenses do The Wind abriram o evento. Um trio que tem algumas músicas, rocks legais. Só.
Na sequência, The New Ones descarregaram todo o seu hard core (?), em músicas rápidas e em alguns momentos "pegados".
Espíritos Zombeteiros deram um grau. Fizeram um showzasso, variando composições e bons riffs, instrumental trabalhado e com muito peso - característica da banda. Os caras já são de uma cena antiga de Londrina. Agradou bastante.

Na sequência, os Droogies apareceram direto do filme de S. Kubrick. Os caras estão entre o tosco e o bom e se apresentam devidamente "figurinizados". Sorte das meninas que ganham chapéus igual aquele do personagem de Laranja Mecânica, o Alex. A maioria deles canta (bem). Mas, achei a banda bem mediana. Minha amiga comentou que falta "estrada". Concordei.
Depois disso esquentou de vez, ainda bem, porque o frio bateu. Nessas havia perdido a conta das latas ingeridas. Começava a ficar com frio. Realmente, lembrando do semblante das pessoas ao chegar da madrugada, ventou pra caralho.
Trilobit era a bola da vez. Fizeram um puuuta show, para minha surpresa. Pois melhoraram demais de quando os vi pela primeira vez, abrindo para o Autoramas. A banda soa original, com sampleres por vezes engraçados, por vezes criativos antes do início das músicas. O som é pesado, bem construído, empolgante e com pitadas de sons magnéticos e eletrônicos, o que dá um caráter "moderno" ao quinteto. Tudo isso com macacões verdes e um macaco doutro mundo sobre o palco. Fodido.
rt. A banda é assim: pegue um vocalista talentoso, que saiba fazer boas letras, junte caras que gostam de tocar e aproveitam pra fazer algumas canções meio "fora do padrão". Alie uma pegada folk e pronto, tem-se aí outro destaque da Demo Sul 07. Eu nunca tinha ouvido nada além de "Semáforo", o hit da banda. E talvez por isso tenha achado a apresentação notável, sobretudo pelo talento de Hélio Flanders, seu violão e seu casaco. Showzasso, daqueles que não se tira o olho do palco.O melhor show do festival
O cara botou os rockeiros todos pra dançar. Esbanjou categoria. Não é à toa que muita gente o considera como o melhor guitar do Brasil. Um duelo entre ele e o Lúcio Maia (da Nação Zumbi) seria interessante.
Ele destilou efeitos sonoros no seu aparelho high tech de DJ, na guitarra e num microfone especial, que cria uma voz robótica muito loca. Do chão não passaríamos. Nem precisava. Mas o fato é que Scandurra tocou um tempão (em termos de festival com 7 bandas), com solos e combinações empolgantes, explosões e discotecagens, num mix que colocou a poeira vermelha da chácara pra cima, fácil.Depois explicou a façanha: "Elvis, eu estava lá; Dj Mau mau, eu estava lá, movimento punk de SP, eu estava lá..." (no clipe, o som é melhor que a imagem) e citou outras influências, por meio da metáfora, que é também uma faixa do último disco do trio beleza: Amor Incondicional. Parecia coisa de new rave, só faltaram os bastões coloridos!
No fim, com a platéria eufórica, Scandurra traduziu o nosso pensamento: "onde é que essa festa continua?". Na mosca. Depois daquela apresentação, pra casa não dava pra ir. Tinha o sábado pela frente e uma enorme ressaca também. Mas, essa, já é outra estória...
PS. Impossível achar fotos do projeto Benzina na internet. Nem da Demo Sul, isso porque tinham várias pessoas brincando de tirar fotos por lá.








Livro que integra escultura de Drummond e Quintana é furtado em Porto Alegre. Um livro de bronze de três quilos que integra uma escultura em homenagem aos poetas Mário Quintana (1906-1994) e Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) exibida na praça da Alfândega, no centro de Porto Alegre, foi furtado. O crime ocorreu há cerca de duas semanas -a Polícia Civil não sabe a data exata. De autoria dos artistas Xico Stockinger e Eloísa Tregnago, a peça foi inaugurada em outubro de 2001, por encomenda da Câmara Riograndense do Livro. Os poetas são representados em tamanho real. O gaúcho Quintana está sentado e olhando para Drummond, que é representado em pé, com um livro pregado em uma de suas mãos. Foi este o pedaço de escultura levado. O quilo do bronze é vendido por cerca de R$ 5 em lojas e depósitos de sucata de Porto Alegre. Quem furtou o livro teve cuidado, tempo e habilidade para não danificar o restante da escultura: as mãos de Drummond permanecem intactas, sem sinais aparentes de que tenham sido forçadas. Cotidiano, 18 de outubro