Em São Paulo, mandamos a lei seca pro inferno. Nossos medos na verdade eram muito maiores. Enchemos a cara antes (e durante o trajeto, ao som potente do veículo particular do meu advogado, o André) de ir pra balada e chegamos ao Berlim, (onde rolaria Surfadélica), com meia garrafa de whisky no sangue. Mais tarde, as latinas, nos chamaram ao balcão e inventaram de tomar tequila, vai vendo.
Antes do "show" do Surfadélica, porém, demos uma fuga para o ambiente externo do bar. Mui loco, desenhos nas paredes, janelas e os banheiros. Quem teve aquela idéia brilhante? Começamos a interagir nas rodas, aquela coisa de estuda onde, faz o que da vida etc. São Paulo é assim: enquanto discute-se a possível legalização da maconha, a cidade cria seus próprios habitatis naturais, que tendem a aumentar com a tal lei.
Dentro do bar novamente, fomos ver a Surfadélica (foto). Divertido e dançante pra quem gosta de surf-rock, meio psicodélico. O japonês da guitarra é insano. Mas nada como um show dos Dead Rocks.
Guitarradas abriram a apresentação e, quando a gente começava a entrar na onda (usando um trocadilho tosco), o som parou. Firmeza, pensamos, "vai rolar o segundo tempo". Era a nossa grande esperança naquele momento de carência sonora (e tão somente) que alimentava a nossa loucura.
Mas no Berlim, as banda tocam, no máximo, 40 minutos. Péssimo, porém, o estilo da casa. E haviam-se esgotados os 40 minutos. Que merda de bar, cogitamos. Mas estávamos tremendamente bêbados da música que nos adentrava; foi quando percebemos uma mina-dj ficou discotecando toda-toda (foto).
Deve ter tocado bem, as pessoas dançávamos, ainda que passos de forró-bailinho, mas dançávamos. Mas não seria difícil, com whisky, tequila, cerveja e o tempero dos índios na cabeça, era só se desequilibrar e seguir os passos da bela caribenha. Literalmente.
Ao fim, não éramos de todo loucos. Alguém ainda pensava, pode dar merda. Depois das comandas pagas, o ser humano menos louco, (a Piri que, naquele dia viu o gol do Bahia contra o Corinthians - chupa! - na torcida baiana) guiou o carro até a casa da Yula (a senhorita que muda destinos), onde finalmente mataríamos a nossa larica, nos abraçaríamos e dormiríamos em berços dourados...
5 comentários:
que loucura
CARARROOOOOOOOOO!!!
=] temos q repetir!
Esqueceu da melhor parte: gabriel ruiz (amante do rock'n roll) foi revelação da noite na salsa!
Os sons latinos - e os efeitos químicos no sangue - o fizeram dançar, requebrar e apavorar na pista como nunca antes visto.
Vanessão já teria te roubado há tempos para o Pero no Mucho se soubesse desse dote latino.
Adoro tequila.
Belíssima e inesquecível noite.
Huahuahuahauha....
Foi realmente uma noite incrível, e olha, que como vc mesmo disse, eu estava bem sã..
até eu por alguns segundos arrisquei uns passos latinos mesmo com td meu "não jogo de cintura"....
Mas uma das melhores partes da noite foi o Maluco que pirava na frente da banda...além claro, do momento em que vossa pessoa tentou uma aproximação com o tal Maluco....hahahahha
valeu Ruiz...vc me fez rir!!
Beijos - Piri
daria tudo para ter assistido essa noite.
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