24/09/2009

Da castração a farsa

Retomando o tema "castração poética", que o curso técnico de jornalismo me proporcionou:


“A poesia tem um caráter duplamente ‘revolucionário’: primeiro porque vai contra o mundo-mercadoria que cada vez mais domina a face do planeta, e seu caráter lúdico torna-se transgressor: ela não pertence à lógica e ao mundo da compra-e-venda. A poesia é gratuita, ‘não tem finalidade’, sua utilidade é sua in-utilidade: mostrar ao mundo da produção e do consumo sua contra-face, oculta, sufocada – o mundo da imaginação e da sensibilidade, ‘incontrolável’ mundo dos sentimentos do qual a razão nunca vai tomar posse. Como disseram grandes poetas e escritores que sofreram nas prisões, a única coisa que nunca pode ser aprisionada é a imaginação. E a imaginação pode nos proporcionar a poesia mais profunda, as viagens mais alucinantes; mesmo na clausura mais recôndita do mundo (HAESBAERT, 2002, pág. 147)”.



Esta passagem foi retirada de um excelente artigo "Um brinde a farsa do Woodstock", sobre o grande evento musical do rock, onde Ugo Medeiros desmistifica o tripé lema "paz, amor e rock n roll", que é na verdade uma certeira e bem sucedida empreitada da indústria fonográfica, visando claro, ao lucro.

*PS. achei o artigo pesquisando no google a tag "jornalismo musical".


2 comentários:

Ângelo disse...

Gabriel...e o filme? como é que ficou essa história do Décio? abração camarada!

Ângelo disse...

venho aqui dar uma olhada e acabo ficando a noite toda...não deixe esse samba aqui morrer meu amigo...ate quqlquer dia desses