10/07/2009

E você, já pegou no portão seus panfletos de hoje?

Panfletos jogados na rua refletem o período de campanhas eleitorais

Prezado leitor, o que é que a gente pode fazer com esse amontoado de panfletos que chegam às nossas “casas”? Já repararam que em datas comemorativas e feriados, eles aumentam?

Será que é possível comunicar as grandes redes, lojas, ou os grandes supermercados que alguns de nós não queremos seus panfletos, ou os “livrinhos” de ofertas? Parto da premissa de que não é agradável receber o que não foi solicitado.

Veja, não é “revolta”, a causa é nobre. Imagino que grande parte dos panfletos não chega às mãos dos munícipes, foi o que constatei observando o assunto (e os papéis jogados) durante um tempo, no bairro onde moro. Na sexta, 10/7, contei 17 panfletos descartados em apenas uma quadra, alguns já bem velhos, outros, de empresas diferentes, amontoados. Alguns deles estavam pertinho do bueiro do esgoto...

A intenção é tentar encontrar um meio termo, pois, de um lado, os panfletos ajudam o consumidor a adquirir produtos mais baratos, mas, estes papéis (que um dia foram árvores) não devem se transformar em sujeira urbana. As ruas, os canteiros da cidade já são sujos em demasia, com todo o respeito a quem trabalha no setor; não é culpa destes trabalhadores, mas da população que, no geral, não possui bons hábitos por onde caminha.

Seguindo o raciocínio, talvez o mais correto por parte de quem contrata estes serviços de distribuição ou de quem o executa e espalha várias mil unidades pela cidade, seria fazer uma espécie de supervisão das ruas, ou mesmo respeitar quem não deseja receber os panfletos, porque, do jeito como está, o processo possivelmente mais polui do que “informa”. É muito simples, empregatício até, entregar panfletos nas casas, sem qualquer responsabilidade para com o destino final.

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Procurando fotos na web, encontrei o blog Poluição Eleitoral, de onde a foto desta postagem foi emprestada; o Poluição Eleitoral realiza um trabalho muito interessante, cliquem.

Este texto foi enviado também para o Jornal da Cidade, jornal local de Bauru, cidade que o motivou, por isso tive que, com a ajuda da Flávia Oliveira (a De2, para os mais chegados), elaborar um tom menos "crítico" em relação ao texto original.

5 comentários:

Fernanda Miguel disse...

A solução talvez seja obrigar as empresas de panfleto, ou as contratantes, assumirem a responsabilidade pelo recolhimento do material distribuido. Mais ou menos como foi feito com os "santinhos" das campanhas eleitorais. O duro é que pra isso é preciso legislar. Demora. Uma possível solução imediata seriam lixeiras nas ruas centrais. Elas são moscas brancas pintadas de neon aqui em Bauru. Descartar a divulgação via papel é complicado pq isso é uma atividade que gera renda e, ainda que precariamente, emprega pessoas. Enfim...não sei como resolver isso na vdd...rsrsrs. Mas os panfletos do meu portão vão todos pro saco de recicláveis. Aliás, recicláveis também são um problema...mas isso já é assunto pra outro post.
Bom estar por aqui ;)
bjo querido

Luma Rosa disse...

Gabriel, quem sabe fica a sugestão para a administração pública local de projetos por uma cidade mais limpa? Na minha cidade é proibida a panfletagem e as empresas se fazem, são multadas. Sei que aí no Estado de São Paulo, algumas administrações têm se movimentado neste sentido, como a prefeitura de Sorocaba. Fui procurar na web e achei um link que talvez fosse interessante ler - http://migre.me/3yyx
Boa semana! Beijus

Mari Amorim disse...

Olá,
passei por aqui,gostei muito do texto.
Boas energias,
Mari

Gabriel disse...

Obrigado Mari, pra vc também! (:

Na cidade onde vc mora é comum esse tipo de "serviço"?
um abraço

gabriel

Gabriel disse...

Legal Luma sua dica.
É uma pena na verdade, pois suja demais as ruas. No interior panfletagens desse tipo são extremamente comuns. O texto foi para o jornal, mas o mais eficiente seria uma ação de um vereador local. Uma amiga falou pra trocar uma ideia com o prefeito de Bauru, afim de alavancar um projeto nesse sentido, pois ele é ligado a várias ongs ambientais. O click árvore, inclusive, foi idealizdo por ele, o Rodrigo Agostinho.

obrigado Luma, um beijo
e ótimo fim de semana, já é amanhã né?