24/04/2008


Beleza Bruno, a gente conta sobre Bauru.

Peguei o ônibus na Nações Unidas afim de chegar até a web rádio Unesp Virtual, onde trabalho como bolsista do projeto radifônico. No ônibus, um cartaz no vidro chamou a atenção. Ele dizia:

Você, maior de 60 anos, tome VACINA e concorra a PRÊMIOS!

Assim mesmo, com as garrafais.

Será que só assim tomamos? Fiquei pensando. Minha avó me disse esses dias que não ia tomar a vacina. A da gripe.

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Funk!

Semana passada, estreou na programação da web rádio o programa Pancadão Virtual. É um dos pouquíssimos por aqui que causam risadas.

Um trecho do Pancadão, ouça.

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Os desejos

Obrigado aos blogs Estação Querida e Brasileirando, que fizeram seus pedidos na brincadeira dos desejos. Voz Suprema, nos abençõe. Amém.

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A não participação na postagem coletiva

No dia que eu havia separado para construir o texto sobre o que podemos fazer para diminuir o analfabetismo no País, ocorreu-me daquelas coisas que nos tiram do ar, por nos deixar tontos durante alguns dias. Mas o texto virá.
Obrigado àqueles que leram aqui e se manifestaram por outros meios!

17/04/2008

Eu juro que não vou ser um jornalista que faz novela dos acontecimentos trágicos, daqueles que, todo dia, traz uma informação nova, como se fosse um capítulo inédito de uma história construída e verdadeira. Eu juro - sem cruzar os dedinhos.

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Aqui vão também minhas saudações virtuais à ocupação da reitoria da UNB. Hoje, 17/4, os estudantes deixarão o prédio, segundo o blog oficial da ocupação.
Passeando pelo site é inevitável não lembrar da ocupação do ano passado, na USP. Estive lá e percebi o quanto de mentira se inventa sobre, e o quanto é desconfortável e gratificante participar de um ato político como esse.


Aqui você vê as fotos da ocupação. Algumas ilustram o abandono da universidade, o que contrasta com os altos gastos do reitor afastado.

* fotos: blog da ocupação da UNB.

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Realmente não sei o que dizer sobre o cão que foi "exposto" até a morte. Não sei o que dizer porque a justificativa do cara é boa:
“O importante para mim é constatar a hipocrisia alheia: um animal torna-se o centro das atenções quando o ponho num local onde toda a gente espera ver arte, mas deixa de o ser quando está na rua”

(mas não que eu concorde que justifique o que ele fez com o cão). Contudo, como disse-me uma amiga:

- há outras maneiras de protestar, sem dúvidas. Se já é cruel, pra que usar mais crueldade?

Outra amiga mandou bem também:

- o que adianta matar o cachorro e deixar ele "vivo" na cabeça das pessoas por causa da discussão, se não se fez nada nem pelas pessoas nem pelos cachorros?

De qualquer maneira, assinei a petição on line, que deseja vetar a participação dele na Bienal de Honduras.

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A Blogosfera:

A postagem coletiva sobre o analfabetismo acontece amanhã. Perguntei a mim mesmo o que eu poderia fazer para ajudar a acabar com o analfabetismo no país, mas não obtive resposta (ainda). Enfim, e lá vamos nós.

10/04/2008

um dia (mais do que) especial

Há exatamente uma semana, o Mateus me tirou da cama às sete e pouco da madrugada.
Havíamos combinado de nos encontrar no estúdio da web-rádio Unesp Virtual. Ele queria gravar uma música para enviar à um festival em sua cidade natal, Caieiras.

Estar com o Mateus a manhã toda foi incrível e uma das melhores cousas que me ocorreram naquele dia. O Mateus é o nosso editor querido do Jornal Contexto (que a gente produz na universidade), um grande entusiasta, um grande amigo e uma das pessoas mais geniais que conheci nesses 24 anos incompletos de vida. Foi um dia intenso e bastante especial, desses que a gente fica pensando por semanas.

Gravamos "O trem dos Loucos". É uma canção muito bonita. Ela não tem uma qualidade tão boa, porque foi mixada toscamente por mim, de maneira caseira. Contudo, recebeu elogios de um rockstar lá de Sampa, o Brasileiro.





Obrigado amigo.
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Acerca da postagem coletiva no dia 18 de abril:
Convidei alguns amigos blogueiros para participar da blogagem coletiva sobre o analfabetismo. Da minha lista, apenas o Alan confirmou participação. E acabou de me escrever que a Janaína também aderiu!
Obrigados!


& The Beatles - Álbum branco &

08/04/2008

Hino ao seio

Esticou-se no lençol amassado, dos braços aos dedinhos do pé. Chegou bem pertinho. Sentia as pontas dos dedos das mãos passe-a-rem-lhe a cabeça, como formiguinhas que correm de biquíni pelo quintal. Subiam até a cócoras e desciam à nuca, onde a palma se encontrava com a penugem das costas.

Chegou mais perto. Mais. Perto. Alçou vôo com o braço até alcançar o meio das costas. Comprimiu forte o seu peito até as montanhas dela. Tava quentinho e macio e aconchegante, e excitava. Então sentiu desejo de passar a língua.

Mas não pense o leitor que isso aqui vai virar uma putaria. Se a leitora gostar de sacanagem, que atravesse lá proutro lado da rua.

Então passou a língua. De novo. Perdeu as contas. Depois, enfiou a mão. Nos cabelos negros. Da nuca. Aproximou a cabeça dela e lascou-lhe um beijo úmido, onde os narizes se trombam, se enroscam e causam arrepios. Cheirou a bochecha lisa. Quis passar mais a língua. No pescoço. Lamber. Lambeu. Lembeu. Lambeu. Bebeu. Bebericou. E enfim descobriu porque havia mamado por mais tempo.

A TV acordou. Sozinha. Haviam programado-a para ligar, como um relógio-despertador. A madrugada passara, eles ali, nem perceberam. Na TV, a seleção estava prestes a iniciar a partida, a pátria vestiria as chuteiras e cantaria juntos:


Em teu seio, ó liberdade! Desafia o nosso peito a própria morte (...)

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& Raul - Meu amigo Pedro &

Essa canção me lembra o Diego - o Jimmi, o Sussinha - que sabia um repertório imenso de Raul no violão. Lá se vão aqui saudades nostálgicas dele numa das repúblicas mais humanas e acolhedouras de Bauru: a Bravata. Ele fazia muitas caricaturas em festas e também charges. E sempre nos acompanhava nos shots. Tive o imenso prazer de filmar, com outros comparsas bravatinos, o vídeo tosco "Super ping me", uma brincadeira com o documentário anti-Mc Donalds, "Super Size me". O Diego fez a melhor cena desse vídeo, a cena do drive trought.

03/04/2008

A nossa tradição: pizza nas mesas

Lembram-se da menina que ficou presa durante quase um mês com 20 homens numa cela?
Então, a juíza acusada pela CPI do Sistema Carcerário (por omissão e falsificação de documentos para tentar se livrar da culpa), foi absolvida hoje, há pouco, por 15 votos contra 7 e uma abstenção, pela justiça do Pará.

Querer a qualquer custo colocar alguém atrás das grades, ou responsabilizá-la pela barbaria cometida com a menor é também irresponsabilidade. Mas, só pra variar um pouquinho, aqui no nosso país, a culpa não é de ninguém: "Quem, a culpa é de quem?". Empurra-se com a barriga e logo todo mundo nos esquecemos.

Os magistrados que votaram pela absolvição alegaram que não havia provas suficientes para condenar a juíza Clarice Maria de Andrade. E, além disso, que a responsabilidade da manutenção do preso (a menina) era do Executivo e não da Justiça. Até aí tudo certo. Mas não é por isso que, conhecendo a situação da menina imersa na cela com os rapazes, a juíza permaneceria quieta, só porque é papel do Executivo e não da Justiça? É um rolo.

Mas logo a gente esquece e abandona o tema. Então, nada melhor do que uma receita básica, tradição no País:

INGREDIENTES:
  • 01 Kg de farinha de trigo
  • 02 colheres de banha
  • 01 ovo inteiro
  • 02 tabletes de fermento biológico
  • 01 xícara de óleo
  • 01 pitade sal
  • 01 pitada de açúcar
  • 05 xicaras de água
MODO DE PREPARO:
  1. Coloque a farinha em uma bacia e acrescente o fermento, o sal, açúcar, ovo e o óleo, coloque a água em uma panela e quando estiver morna misture a banha ate desmanchar em seguida acrescente aos poucos na massa até obter ate o ponto de sovar.
  2. Sove bem, abra com o rolo, uma massa bem fina, como a de pizzaria mesmo e coloque em formas untadas com óleo e farinha.
  3. Depois, é só escolher o recheio e assar!


Bom apetite!

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PS. Era para ser um post sobre o show que rolou ontem no SESC-Bauru, da banda norte-americana Shellac, encabeçada por Steve Albini, o produtor dos discos "In Utero" do Nirvana e "Surfer Rosa", do Pixies. Mas enfim.