26/06/2008

O time dos barbudos


Tenho uma banda de rock. Ela chama-se Ranca Bílis. Entrei no conjunto (como diria minha avó), no início do ano. De lá para cá, já tocamos em várias festas de república. É onde conseguimos tocar, em troca de cervejas.

Quase sempre é desorganizado, da parte de quem faz as festas; os equipamentos são precários, mas geralmente as pessoas se divertem bastante, ao menos é o que me asseguram após os "shows". Sobretudo, quando o teor alcóolico no sangue, está elevado. Aí, nós somos sempre um sucesso (vide a festa M ´Imprensa).

Essa semana, fomos convidados para tocar num "evento" na Unesp, a universidade onde estudo: o Quinta no Bosque. A idéia, muito boa. Na quarta gravaríamos um programa na rádio Unesp Virtual (o Programa Quinta no Bosque) e no dia seguinte a apresentação em formato acústico, com direito a violão de 12 cordas e uma semi-bateria, na qual até as bags da bateria (bolsas para guardar o instrumento seguramente) foram usadas como batuque (porque não tínhamos trazido o bumbo).


(Obrigado Malandro, pela arte!)

Na quarta, levamos um furo. As responsáveis pelo programa não apareceram.
Porém, como a vingança nunca tarda, mata a alma e a envenena, eu disse que falaria umas boas para elas no meio do Quinta no Bosque. Mas, não falei nada, porque esqueci de trazer o microfone. Nessas, acabei com as cordas vocais do Cazé - nosso vocalista-fóda - que precisou esgoelar.

Não tinha luz, nós tocamos no escuro.
Não tivemos público. Talvez um dos motivos é que marcaram uma assembléia estudantil - que discutiria os rumos do movimento que visa trazer um Restaurante Universitário (RU) para a universidade (aqui, o restaurante é particular, quem quiser almoçar no campus, precisa desembolsar, pasmem: R$ 5, 45) - no mesmo horário do Quinta no Bosque.

Ainda assim, mais ou menos como ocorre nas festas de república, um ou outro vem dizer coisas legais sobre a banda, que gostou, que curtiu etc etc. Vieram.

Além do Gaba, de maneira tímida, meio acanhado, o sir Marraposa Sexy agradeceu "o fomento cultural no bosque" e disse que "estava mesmo precisando balançar os esqueletos". Logo em seguida, seu amigo gafanhoto-mutante, foi-me apresentado:


Seu gafanhoto-mutante "pousa" gentilmente para o Notícias Mentirosas


Seu gafanhoto-mutante (como se auto definiu), por sua vez, comentou o som, citou o Dr. Xavier e, no fim da conversa, quando eu me apressava para ir para a aula, disse-me algo que demorei a entender:
_ Amigo, eu gostaria de entrar para o seu time, o dos barbudos.

10/06/2008

A-título

Me perguntaram se eu tinha um plano perfeito-estratégico-infalível pra conquistar aquele coração marginal. Ao que respondi: “Tenho uma cueca”.

Depois me veio com blá-blá-blás corriqueiros sobre ideologias políticas. Perguntou a respeito de leituras óbvias. Claro que já li “Admirável mundo novo”. Ela já fora melhor outras vezes. Deve ter acordado num dia não muito bom. Após isso o assunto melhorou. Mas só um pouco.

Aqueles lábios, porém, seriam melhores de outras maneiras naquele instante, que não fosse o ato de proferir palavras desconexas. Sugeri algo, qualquer coisa, imagine aí o leitor algo criativo. Ao que ela tornou os olhos, finalmente tapei, calei-lhe a boca em definitivo, para o seu próprio bem, aquelas frases eram demasiadamente ruins.

Trocávamos agora umas salivas.

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Não consegui encontrar imagem-temática pra ilustrar o post, mas também nem procurei muito, já está tarde.

09/06/2008

Nasce um podcast

Na semana passada, produzi uma reportagem sobre comsumismo (ouça no Ijigg) e como as propagandas comerciais influenciam a nossa rotina. Ela foi feita para o quadro "Teoria e prática" da déicma segunda edição do programa Raiz Social, que vai ao ar quinzenalmente na web rádio Unesp virtual. Além de responsável técnico do programa, vez ou outro participo com algum material.

Mas o fato é que o Raiz Social acaba de ganhar um podcast, para facilitar a audição do programa, já que o site da rádio passa por problemas de navegação.

O Raiz Social foi idealizado pelo Suzano - que aliás, é o âncora do jornalístico - e trata, principalmente, de questões sociais, através de quadros como o "movimentos sociais", "teoria e prática", que mostra um determinado conceito e traz ele para o cotidiano das pessoas, além de outros. É uma nova proposta, nunca observei nada parecido por aí.

Ouça a décima segunda edição do Raiz Social no Podcast do programa. E também todas as outras edições.
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Feliz semana.


05/06/2008

Da Folha on line:


O fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, foi absolvido da acusação de ser o mandante do assassinato da freira norte-americana naturalizada brasileira Dorothy Stang, em fevereiro de 2005. Por 5 votos a 2, o Tribunal do Júri de Belém o considerou inocente. A Promotoria vai recorrer. Bida, que estava preso desde março de 2005, foi libertado no início da noite.


No Brasil, há uma legislação bastante rígida. Vide as penalidades dos crimes contra o Meio Ambiente, por exemplo. O agravante é que só é aplicada em ocasiões reduzidas. Quando, por exemplo, a mídia massacra a população com seus capítulos diários novelescos dos fatos, pressionando e agilizando os julgamentos; ou quando, em raros instantes, tem-se profissionais sérios. Do contrário falta ao Executivo competência para aplicar o que está na Constituição e coragem ao Supremo (e aos juris populares) para condenar as pessoas que corroem esse País.